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Comitê Científico da CIT se reuniu em Honduras e no Panamá

29/09/2018 - O evento contou com especialistas em tartarugas marinhas e representantes científicos de 15 países. Leia mais. ↓

A 15ª reunião do Comitê Científico da Convenção Interamericana para a Proteção e Conservação das Tartarugas Marinhas (CIT) aconteceu em Tegucigalpa, Honduras, na Cidade do Panama, no Panamá, de 17 a 19 de setembro. O evento contou com especialistas e representantes científicos de 15 países, Argentina, Belize, Brasil, Chile, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, Uruguai e Republica Dominicana. Grupos de trabalho discutiram e deram continuidade a discussões de temas atuais mais relevantes para a conservação das tartarugas marinhas e apresentação dos resultados dos grupos de trabalho intersazonais.

Na reunião foi apresentada uma palestra por videoconferência pelo Dr. Bryan Wallace, a respeito das populações de tartarugas-de-couro (Dermochelys coriacea) que desovam na América do Norte, Caribe e America do Sul (exceto o Brasil), que apresentam um declínio observado e/ou previsto. Como explica o biólogo do TAMAR, Alexsandro Santos, estes resultados servirão para embasar as recomendações do Comitê Cientifico para esta espécie no Atlântico oeste, sendo que uma dessas recomendações é intensificar esforços junto aos países que possuem as principais praias de desova e ainda não são signatários da CIT.

Outro ponto de discussão que teve continuidade nesta reunião foi o dos informes anuais, pois os EUA solicitaram uma nova revisão no modelo e formato. Essa solicitação trouxe para a discussão um ponto maior, que seria sobre o papel do Comitê Cientifico. O que desencadeou especificamente esta discussão foi o declínio acentuado do numero de ninhos de tartaruga-verde (Chelonia mydas) de Galápagos, observado na elaboração do informe dos resultados de desovas nas praias index (2009 a 2018), pois até então o comitê não se posicionava sobre o observado, apenas relatava. Ficou claro que o papel do comitê é fazer recomendações e questionamentos ao país, através do Comitê de Experts. Acordou-se que o Comitê Científico, a partir de então, vai assumir um papel mais ativo e crítico no sentido das análises dos dados recebidos nos relatórios anuais e em outros documentos produzidos.

Foi ainda aprovado o plano de trabalho da Secretaria Pró-Tempore para 2018/2019. Dr. Diego Albareda, veterinário e representante da Argentina no Comitê Científico, foi reeleito para mais 2 anos como presidente do comitê, sendo o representante da Costa Rica – o biólogo Didier Chacon - o vice-presidente. Ainda não ficou decidido o local para a próxima reunião – vários países estão passando por mudanças politicas neste fim de ano por conta de eleições. Brasil, México e Chile podem ser possíveis locais para a próxima reunião.

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